Asus ZenWatch 2 [Análise]

Mestre Jedi Asus ZenWatch 2 [Análise]

A Asus trouxe para o Brasil seus relógios inteligentes em 2016, e finalmente o modelo do ano passado chegou para nós com opção mais acessível aos brasileiros. Confira agora o review do Asus ZenWatch 2.

O smartwatch

Um relógio inteligente quadrado, como muitos modelos já foram. O ZenWatch 2 oferece essa aparência para seu pulso, porém com acabamento arredondado para suas bordas de metal e para sua traseira. Desse corpo, saem os encaixes para sua pulseira (pulseira padrão, diga-se de passagem, podendo ser substituída em qualquer relojoaria pelo modelo e tamanho desejado).

A unidade que recebemos para testes possui pulseira em couro, apenas para constar. O peso do conjunto é de 56g. Não menos importante, o modelo possui proteção contra água, carregando a certificação IP67.

Display

Nossa unidade conta com um display AMOLED de 1.63″, rodando na resolução de 320×320, fechando em 278ppi, coberto por Gorilla Glass 3 curvado (2.5D).

As imagens mostradas nessa tela tem qualidade OK, e não mostram problemas de resolução nem cor. Fontes pequenas e ícones com detalhes sutis podem ser visualizados sem maiores problemas nessa pequena tela.

A opção AMOLED traz as cores vivas esperadas, mostrando no modo ambiente do relógio o preto profundo com cores ativas ao mesmo tempo. Vale notar que essa matriz em modo ativo consegue fazer-se visível sob o sol.

O problema dessa tela fica por conta apenas da sua legibilidade em modo ambiente, ou seja, aquele modo reduzido de luz que mantém a tela em “always-on”, sempre ativa. Nesse modo, o ZenWatch 2 mostra que ambientes com muita luz (como locais externos) conseguem encobrir as informações do display. Um material transflectivo ou modo de alto contraste seria útil para esses momentos de muita luz + modo sempre ativo de tela.

Especificações 

Movendo o ZenWatch 2, temos o Chipset “Qualcomm Snapdragon 400”, de CPU Quad-core 1.2 GHz (Cortex-A7) e GPU Adreno 305, com 512 MB de RAM e 4GB de armazenamento interno.

Isso tudo carrega o Android Wear do pequeno, além da conectividade via WiFi + Bluetooth.

Usabilidade geral

Começando pelo menos óbvio: você pode realizar ligações diretamente de seu pulso (ou mesmo ouvir música, mesmo sendo forçação de barra). Há um alto falante integrado, bem como microfone (que atende aos comandos de voz do Android Wear, claro). O problema é um só: esta saída de som fica abafada no pulso em boa parte dos casos, dependendo de um ajuste no seu pulso para desobstruir a passagem de som. É um pequeno erro, mas que está presente no modelo.

O ZenWatch 2 possui apenas um botão lateral e ele acessa as funções padrão do Android Wear, ativando modo teatro, alto brilho, grid de apps e tela inicial. Nada fora do padrão, afinal, a experiência do Wear criada pelo Google é bem uniforme entre os dispositivos que rodam o sistema.

O que temos de diferente no ZenWatch 2 é seu aplicativo de acompanhamento físico e o kit de watchfaces desenhadas para o modelo, com customização das informações mostradas pelo ZenWatch Manager no smartphone.

Mesmo não sendo unanimidade por parte dos usuários, é interessante ter GPS (e/ou) acompanhamento de frequência cardíaca num smartwatch, porém o ZenWatch 2 possui essa lacuna. Caso você necessite de um desses recursos, não terá nenhum deles disponíveis no modelo.

Dependência do smartphone

Falamos disso algumas vezes, mas não custa frisar que essa resposta recai o Google e seu Android Wear.

O relógio consegue executar mini-apps por conta própria (como alarme, timer, games e músicas offline) (além de micro-games), porém coisas que precisam de internet necessitam um ponto de acesso e você precisará de Bluetooth. Porém existe a opção de manter o WiFi ativado para isso… mas o Android Wear não funciona da mesma forma. Ainda não são todos os Apps que entendem essa ponte e fazem uso da sincronização em nuvem, e boa parte deles apenas apresentam erro em caso de conexão remota via WiFi.

Dessa forma, fica apenas nossa anotação que o único detalhe (e que é responsabilidade DO RELÓGIO) que poderia ajudar esse ciclo seria a presença de 3G/4G no modelo, criando (via plano de dados) a limitada conexão remota entre o relógio e o smartphone que o Wi-Fi já faz atualmente.

Bateria

Ainda temos esse momento da análise como parte mais frágil dos relógios inteligentes, e isso se refere a todos eles. Para mover o Zenwatch 2, temos uma bateria de 380mAh, e fizemos muito uso dele, e ficou claro que ele roda naquela fórmula mágica, capaz de passar de um dia de uso com uma pequena sobra de carga, demandando logo no dia seguinte a recarga necessária.

Nesse momento você faz uso da carga rápida no relógio, chamada por “Hyper Charge” pela Asus. Ela funciona ao utilizar o adaptador de parede incluso no pacote, e devolve 60% da carga do relógio em 15 minutos de carregamento.

Mas, vale notar que o carregador é proprietário (infelizmente), indicando que você deverá levar esse “cabinho” magnético com você numa viagem para manter o ZenWatch 2 carregado. Felizmente seu formato é nada mais que um cabo com ponta magnética, evitando possíveis acidentes de transporte.

Vale a pena?

Até a data de publicação deste vídeo, o relógio podia ser encontrado em sua loja oficial brasileira com preço que variava de R$ 999,00 a R$1.299,00 – dependendo da forma de pagamento escolhida.

O modelo é honesto, entregando uma performance de boa qualidade e estabilidade. A questão mesmo fica por conta da ausência de GPS e leitura de batimentos cardíacos, diminuindo consideravelmente as possibilidades do relógio.

Se você busca um smartwatch mais acessível para o dia-a-dia, com a boa construção e a integração do Android Wear, pode encontrar no ZenWatch 2 uma boa opção. A questão é: um smartwatch ainda pode ser quadrado em tempos atuais? Isso faz sentido para você? Conta pra gente nos comentários.