A importância das férias

Sempre ouvi de alguns colegas que não tiravam férias há 2, 3 anos ou até mais. E isso sempre me deixou intrigada: “Como eles conseguem manter a qualidade dos seus resultados assim?”
Olhando mais de perto, conversando com maior frequência, eles me falavam que se sentiam tão exaustos mentalmente, que já não performavam tanto quanto gostariam. Então, assim era esclarecida a minha dúvida: a qualidade dos resultados era, sim, impactada (para pior).

Não sei se todos tem a consciência do quão relevante é as férias – um distanciamento programado do trabalho, das pressões diárias, do corre-corre do trânsito, do malabarismo diário da rotina. Se não sabem, vou compartilhar agora nesse texto.
Esse período de 10, 20 ou 30 dias longe do trabalho permite que a gente consiga observar de longe o caminho que estamos seguindo. Pensar em aspectos das nossas vidas que, no dia-a-dia, acaba sendo ignorado como: a nossa criatividade, a qualidade da atenção que damos a nossa família, os nosso sonhos e o quê fazemos para conquista-los.
Enquanto estamos na correria nem sequer paramos para pensar nisso e voltamos o foco nas atividades que temos que cumprir: entregas, mercado, faculdade, contas a pagar e por aí vai.
No meio de tanta tarefa a ser cumprida: em que momento VOCÊ se encaixa?
Quando visitar a sua família (além do Natal) é uma prioridade para você?
Quando você vai brincar com os seus filhos sem controlar o relógio?
Quando vai conversar com a sua cara-metade sobre futuro, sonhos, desejos ou simplesmente sobre nada – apenas apreciar o silêncio abraçados?
Qual será o dia que você vai viajar e conhecer aquele lugar que sempre quis? (Será que você ao menos já parou e pensou qual seria esse lugar?)
Agora a grande pergunta: Quando você irá viver por inteiro?
Para responder a tudo isso é preciso tempo para pensar, eis aí a importância das férias.
Nesse momento nós passamos até a enxergar as nossas falhas, onde podemos melhorar, pensar em qual o curso queremos fazer, imaginar um novo talento a explorar, refletimos sobre divergências com colegas e conseguimos identificar a nossa responsabilidade nisso e ressignificamos o momento, as atitudes do outro e passamos a expandir nossa margem de flexibilidade entre as diferenças interpessoais.
Tem muitas pessoas que passam a sua vida toda trabalhando, tentando viver aos finais de semana ou às vezes nem isso conseguem por conta do senso de responsabilidade com a família. Mas, isso não pode ser saudável para ninguém, porque o distanciar faz parte do pertencer, assim quando nos distanciamos das nossas vidas rotineiras passamos a pertencer as nossas vidas de forma plena e mais real.
Passamos a reconhecer o valor real que o nosso trabalho e a empresa em que estamos tem em nossas vidas – podendo ajustar na volta aquilo que for necessário: mais empenho ou um novo rumo.
Então, pare e pense nas questões acima e reflita sobre esse tema.
Aproveitem que o final do ano está aí.

A vida pode (e deve) ser muito mais do que sábado e domingo.

Sucesso!
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